Depois de uns dias de descanso ao sol e em
águas calmas e quentes do Algarve, com variações de temperatura entre os 32
graus e os 22 do Cabo de S Vicente – Sagres
o espírito de aventura e a vontade de sair imperou e fomos em busca de terras
da Alsácia e seus costumes.
Entre o Reno e as montanhas dos Vosgos,
junto à planície alsaciana, séculos de trabalho criaram uma das mais belas
paisagens vinícolas de França. No Alto Reno, as aldeias de Eguisheim, Riquewihr, Kaysersberg, Hunawihr e Ribeauvillé emergem
de um mar de vinhedos e são, ao mesmo tempo, a face irresistível da Alsácia
rural e medieval. Na Alsácia misturam-se palavras latinas, e alemãs,
identificável na toponímica das povoações ou no dialecto da região, testemunho
do atribulado percurso histórico da região, que foi mudando, periodicamente, ao
sabor de trocas entre senhores feudais e guerras de domínio político.
A coluna vertebral da região é, sem dúvida,
a cultura do vinho. A ROTA DO VINHO é uma das principais actividades turísticas.
Grande parte das actividades económicas e das práticas culturais estão
intimamente relacionadas com o vinho – a Alsácia produz anualmente mais de um
milhão de litros de vinho e o processo envolve quase dez mil famílias. Museus e
actividades de ecoturismo, gastronomia e caminhadas, tudo evoca mais ou menos
directamente a cultura do vinho ou as paisagens transformadas com essa
finalidade.
O itinerário, que atravessa os mais
importantes vinhedos da região e dá a conhecer algumas das aldeias históricas
da Alsácia, começa na povoação de Tann, perto de Mulhouse, e termina em
Molsheim, a cerca de trinta quilómetros de Estrasburgo, seguindo quase sempre a
estrada D 35, com uns desvios para estradas secundárias.
Dia
04Ago2010 - 919 Km- Lisboa – Burgos - Saint-Jean-de-Lux – Bayonne.
Saímos pelas 08h40em direcção a França, com
a finalidade de dormir em Burgos no
parque de campismo. Chegados a esta cidade, como era muito cedo resolvemos ir
em busca de parques na zona de Vitória. Não conseguindo este intento, fomos até
França para pernoitar num parque de campismo em Saint-Jean-de-Lux. O trânsito, as paragens para descanso, as
refeições fizeram com que a procura dos parques fosse recair na hora de fecho
da recepção dos mesmos (21H00 de lá), com a particularidade de estarem todos
completos.
A chuva veio dar uma ajuda para lavar a
caravana e, bastantes cansados, fomos para uma área de serviço da auto-estrada
a norte de Bayonne.. Estacionamos
junto de umas caravanas e auto caravanas que lá estavam, apoios no solo, gás
ligado para o frigorifico e ficamos ali a dormir. Na caravana a chuva
embalou-me num sono pesado e descansado. Choveu toda a noite torrencialmente,
verificado, na manhã, pela quantidade de água que corria nas valetas.
Dia 05Ago2010 - 466 Km – Bayonne - Saint Paul de Dax –
Mont Marsan - Agen – Cahors - Payrac
A área de serviço ficava muto perto da saída
pretendida para a ligação á estrada nacional de Bayonne a Mont Marsan.
Passando em Saint Paul de Dax, fomos a uma enorme área
comercial e atestamos a viatura, combustível a 1,089 o Litro. Seguimos caminho
e passando por estradas nacionais e secundárias, fomos em direcção a Agen.
No caminho deparamos com uma aldeia com uma
torre do século XIII, uma antiga Bastilha. O cheiro a pão quente e a croissants
levou-nos á bolangerie e saciámos o nosso apetite matinal. Por entre floresta
de pinheiros, fabriquetas de derivados de madeira, chegamos á cidade de Agen.
Esta urbe é bonita e muito bem conservada, dispondo as suas casas pintadas de cremes
com telhados cinzentos ao longo de um rio.
Na saída da cidade em direcção a Cahors passamos por grande área
comercial onde vi uma loja da Narbonne Accessoires. Atravessando
caminhos secundários cercados por campos de girassóis, lagos de irrigação,
vinhas e aldeias perdidas mas muito vistosas e cuidadas, pelos arranjos florais
junto às bermas da estrada, chegamos á cidade de Cahors. Esta cidade á um dos
grandes centros vinícolas de França. As adegas, áreas comerciais e serviços são
uma porta de entrada na cidade. Passando com alguma dificuldade devido ao trânsito
que lá havia, seguimos em direcção a Payrac. O local escolhido, 22 km de Rocamandour é uma
aldeia simples sem nada de turístico mas tem a vantagem de ser um bom local de
descanso.
O
parque escolhido foi o Panoramyc – Payrac http://www.campingpanoramic.com/
pertencente a um casal Holandês. Chegados ao
parque verificamos que éramos um dos 10 campistas, 8 dos quais holandeses, um Belga
da flandres e nós os Portugueses. O Belga quando viu a matricula sorriu e, passados
uns minutos, estávamos a ouvir Madre de Deus – Teresa Salgueiro. A
particularidade do atendimento, marca sempre, é que nos deixaram escolher
primeiro o lugar, montar as coisas e só depois, fazer a inscrição – (18,40€ por
noite).
Estamos comodamente instalados e vieram
junto de nós duas galinhas procurando comida, esperando que a minha mulher
fosse buscar pão e dar-lhes, praticamente á mão. Vendo que não dávamos mais
foram para outra caravana. À noite o cheiro a carne cozida trouxe outro visitante
que se sentou á porta da caravana uma cadela meiga e muito gulosa.
Depois e uma volta de reconhecimento pela
aldeia, vendo os outros dois parques que lá existem, verificamos que a opção
foi muito boa, devido á calma e sossego. Às 22h00 não há barulho até ás 07h30.
A temperatura foi muito agradável, muto é exagero, 21º e 14º á noite.
Dia
06Ago2010 - 70 Km Payrac- Rocamandour –
Gramat- Payrac
Por
estrada secundária um pouco serpenteada, fomos até um dos nossos objectivos de
férias. Rocamandour.
A impressionante
cosntrução junto de uma
falésia do santuário da Virgem Negra com o menino ao colo (Século XI) marca
qualquer visitante. Os recantos da aldeia são turisticamente bem aproveitados e
são muito procurados.
Olhando a Virgem Negra, pensando no seu
significado controverso no seio da Igreja Católica, muito se pode imaginar no
que os Cruzados tinham em mente, quando partiam dali em direcção à terra Santa
para combater os mouros.
De regresso, fomos até Gramat fazer umas compras e no caminho para Payrac vistamos um
moinho fortaleza, movido pela força da água, datado do século XIII que ainda
funciona. O Moleiro recepcionou-nos e fez uma explicação e demonstração da
moagem do grão até à farinha.
Dia 07Ago2010 - 520 Km Payrac - Clermont – Ferrand –
Vichy - Chalon-sur-Saône - Dole
Saímos pelas 07h30 do parque em direcção a Clermont – Ferrand. Entramos na auto-estrada,
uns 50 km
de Payrac, passando por estradas nacionais muito boas, com inúmeros parques de
campismo convidando para umas féria descansadas no ar de montanha. Quando se avistaram
os cones vulcânicos de Auvergne, parámos numa área de serviço para melhor os
observar.
Saímos da auto-estrada em direcção a Vichy, seguindo até Chalon-sur-Saône, terminando a viagem
em Dole.
O
parque de Dole- http://www.camping-du-pasquier.com/, foi uma desilusão
face às condições do WC, embora estivessem asseados. O preço foi de 18,30 €
pela noite.
Depois de estacionar a caravana demos uma
volta pela cidade, deparando-nos com uma particularidade que desconhecíamos – Dole é a cidade berço de Pasteur.
Ao passar pela sua casa museu, a rua tem um
cheiro a bolor, pelo que o “tuga” logo comentou – pois com este cheiro sempre
brincou com bolores por isso a necessidade de pasteurização dos alimentos.
Em Dole estava a decorrer o dia cor-de-rosa,
impulsionado pelo comércio local, em que os transeuntes que vestissem uma peça
de roupa dessa cor tinham um desconto.
A cidade tem vários canais, bem
aproveitados, alguns com barcos restaurantes.
Dia
08Ago2010 – 280 Km
– Dole – Besençon – Vesoul - Lure –
Cerney – Colmar - d'Horbourg-Wihr – Rebauvillé
- Hunawihr - Kaysresberg
Saímos de Dole pelas 07h00 em direcção a
Colmar. As estradas nacionais são boas e querendo encurtar caminho, fui por
estradas secundárias. Estas eram boas mas o terreno muito acidentado, pelo que
demorei mais tempo do que previa. Valeu a paisagem bonita de serras, aldeias e
vilas encantadoras situadas entre
pinhais, nogueiras e castanheiros.
No percurso passamos por Besençon, Vesoul, Lure e Cerney (
fábrica onde a ERIBA foi construída), mas como já sabia, está abandonada por a
HYMMER ter decidido mudar para a Alemanha Oriental a linha de montagem para uma
nova fábrica.
Chegados
a Colmar, pelas 13h00, depois de procurar o parque chegamos à recepção que só
abria às 14h00. O parque não é na cidade de Colmar mas na sua periferia (3 km do centro da cidade). d'Horbourg-Wihr – Endereço do
parque de campismo l´ILL http://www.campingdelill.com/
Na
recepção, ao atendimento simpático da recepcionista, fomos brindados com um
excelente acolhimento de uma portuguesa de Castelo Branco que foi para França,
com os pais em pequena, agora uma senhora lusa- francesa.
O parque junto de um rio é muito agradável
com instalações sanitárias impecáveis, tem apoio de bar restaurante e no acesso
ao parque existe um supermercado ALDI.
Na recepção foi dado um mapa com o circuito
turístico da região e principais aldeias vinícolas a visitar.
Arrumada a caravana fomos visitar a cidade
de Colmar, depois de tentarmos ir ao
centro da cidade mas, depois de estacionar num parque, uns “amigos” romenos,
começaram a dar voltas ao carro, possivelmente para melhor observar, resolvemos
retira-lo de lá e ir até Rebauvillé,
que se reclama como a pátria do Riesling.
A aldeia é uma dos pontos obrigatórios de
passagem pela Alsácia. As cores das
casas, o traçado arquitectónico dos
séculos XVI e XVII, as ruas estreitas, os arcos e pátios são pontos que marcam
qualquer turista e cativam a permanecer . Os cerros vizinhos anunciam a cadeia
montanhosa dos Vosgos e têm empinados uns quantos castelos.
No caminho para Colmar, passamos ainda por Hunawihr e Kaysresberg, duas pequenas
aldeias vinicolas, rodedas de imensas vinhas .
HunaWihr é a aldeia das que vistamos com menos turistas, mais rural que as outras . No centro da vila
existe um fontanário, que segundo a
lenda, a água da fonte ter-se-á
transformado em vinho para compensar os habitantes pelos danos causados por um
ano de más vindimas. Numas das janelas da aldeia, ouvimos uma música folclórica
em dialecto da Alsácia misturando
palavras francesas e alemãs.
Pormenor curioso e significativo em Kaysersberg a Rua General de Gaulle
mantém também a sua designação medieval, Grand Rue. ladeada por casario de raiz
medieval, a artéria atravessa toda a povoação e leva-nos a uma magnífica ponte
quinhentista fortificada. Num cerro arborizado, vislubra-se ruínas de um castelo medieval e, junto à ponte, um
casarão em tabique, com numa varanda bordada em madeira, parece acabadinho de
edificar.
Dia
09Ago 2010 – 30 Km Colmar - Castelo de koenigsbourg - Colmar
Fomos
visitar Colmar
logo bem cedo ainda o comércio estava fechado
e as ruas apresentavam pouco movimento. O parque escolhido foi um na zona
central. A cidade antiga apresenta uma arquitectura típica alemã. As
cores misturam-se com o das plantas
que ornamentam as varandas e janelas
cativando cada recanto para olhar e
tirar fotos.
Assume especial interesse a casa museu de
Bartoldi, arquitecto nascido em Colmar com várias estátuas em vias públicas, a
mais famosa é a estátua da liberdade em Nova Yorque que a França ofereceu aos Estados
Unidos.
Depois do almoço fomos visitar o castelo de koenigsbourg que se ergue
num alto de um monte. O castelo reconstruído no início do século XX é uma
fortaleza enorme de muralhas bem alta nas quais existem seteiras em sítios
estratégicos o que indica a dificuldade em o conquistar. No seu interior
réplicas de casas e de armas de defesa, assim como algum mobiliário e
canhoeiras do século XIX.
Nas torres através das janelas obtêm-se uma
visita deslumbrante sobre os campos de vinha, Colmar e algumas aldeias.
A cor da pedra em tons rosa, a monstruosidade
da construção, as peças de artilharia do século XVIII e XIX em exposição na
torre, valeu a pena a visita.
Dia
10Ago 2010 – 173Km – Colmar - Estrasburgo – Molsheim – Obernai – Colmar.
A vista a Estrasburgo não foi bem planeada, mas o GPS dá sempre jeito,
apontado o centro da mesma e, raras as excepções vão sempre ter aos locais turísticos
para visitar.
Saímos de Colmar pela autoestrada em direcção a Estrasburgo. Esta cidade na
fronteira com a Alemanha, junto do rio Reno e foi ponto de passagem de inúmeras
rotas comerciais. Hoje, a localidade mostra aos turistas atracções como o seu
centro totalmente tombado pela UNESCO e, ainda, points culturais e gastronómicos.
Suas pomposas construções revelam um passado próspero, impulsionado pela
localização estratégica.
Chegados a Estrasburgo, vimos logo as enormes torres do século XIII, pelo que
foi só estacionar o carro, eram 8h30, bastante fácil e começámos por ver os
canais, as casas típicas de uma antiga aldeia de pescadores, designada de
pequena França. As casa típicas da Alsácia, dispõem-se ao longo dos canais
navegáveis e que permitem passeios turísticos. Fomos acompanhados no nosso
passeio por grupos de turistas de várias nacionalidades. Chegados à praça central,
a Catedral, enorme de pedra vermelha, estilo gótico muito bonita, vale a pena
ver, chama e prende a atenção, quase passando despercebida a casa Kammerzell.
A catedral de Notre-Dame de Estrasburgo é a
principal atracção da cidade e é um exemplo da arquitectura gótica. A
construção da estrutura começou em 1176 e as últimas pedras só foram colocadas
em 1439. Um dos pontos altos da visita é a torre principal da catedral.
Fomos almoçar à cidade de Molsheim 30
km de Estrasburgo, fugindo à balbúrdia da grande cidade.
Molsheim tem a particularidade
de possuir um museu dos Buggatti, pois é a cidade onde esta marca é construída.
Na entrada da cidade existe um parque de campismo, pareceu-me bom para quem pretender visitar Estrasburgo com mais
tempo.
Na praça central de Molsheim sobressai o
seu Hotel de Ville num edifício bonito que foi uma antiga Universidade.
No caminho para Colmar fomos visitar a
cidade de Obernai, de arquitectura
parecida com Molsheim, mas com edifícios mais modernos.
Dia 11Ago2010 – 100 Km Colmar – Ribauvillé – Riquewihr – Colmar - Breisach
am Rhein – Eguisheim - Colmar
O dia cinzento levou-nos para irmos passar
novamente Ribauvillé e a seguir
visitar Riquewihr - cidade desde 1320, que não impede o povoado de pertencer,
paradoxalmente, a uma associação que reúne as cem mais belas aldeias de França.
A torre Dolder, que fazia parte da primeira
cintura de muralhas, construída no final do século XIII, seja uma das imagens
mais reproduzidas da cidade, o século XVI corresponde à época de ouro de
Riquewhir, quando o rendimento da produção vinícola aumentou substancialmente.
A maioria das belíssimas e coloridas casas em tabique que rodeiam as estreitas
ruas e ruelas da povoação data precisamente desse tempo.
A arquitectura de Riquewihr destaca-se a
profusão de ornatos inscritos nas estruturas dos edifícios ou a quantidade de
recantos que há que escrutina, os pátios setecentistas, com os seus varandins
de madeira e poços que conservam as estruturas originais em ferro forjado.
Do topo da torre Dolder obtém-se um bom
panorama da cidade e, também, dos vinhedos circundantes. O vinho Riesling produzido localmente é dos
melhores da Alsácia, graças à natureza calcária dos solos, generosos também
para as castas Moscatel e Pinot.
Um particular que muito apreciei foi a casa
de artigos de NATAL, uma loja que é um autêntico museu , pela variedade de
artigos e a decoração que atrai inúmeros visitantes. Lá dentro até já parecia
estar na época natalícia.
Depois de almoço fomos até á vila Alemã de Breisach am Rhein. O Reno é atravessado
por uma ponte que assenta pilares numa ilha (Francesa), a qual dispõe de parque
de campismo, entrando-se na Alemanha sem nos apercebermos da diferença.
No rio Reno, barcos para cruzeiros
convidam-nos a entrar em direcção a Estrasburgo. Curiosidade, alguns dos navios
eram holandeses, que me deixou a pensar, em Portugal o que se não teria escrito
e dito já sobre isto ……
Na margem do rio existem inúmeros cisnes. A
minha mulher começou a dar pão a um que estava na margem alemã. Rapidamente
começaram a dirigir-se dezenas de outros do lado francês para virem ao
banquete. Uma imagem sempre bonita - os cisnes na água.
Depois de umas compras fomos visitar a a
aldeia de Eguisheim, é um precioso exemplo de estrutura urbana
conservada praticamente intacta, dispõe-se de forma concêntrica em torno do
castelo do século XIII, restaurado no final do século XIX.
Esta configuração favorece a descoberta de
ângulos surpreendentes que combinam perspectivas singulares sobre as ruas
estreitas e as fileiras de casas medievais de tabique – com destaque pelas
antigas Rues des Fossés, perto da confluência da Grand Rue com a Rue du Muscat
e a Rue du Riesling.
O conjunto de edifícios medievais da adega
Freudenreich, junto ao Cour Unterlinden, com o seu belo pátio interior, como aí
encontramos um recanto muito simpático e aconselhável para uma prova de vinhos.
Apesar de ser a ultima aldeia a ser visitada consideramos ser uma das mais
bonitas . Esta aldeia dispõe de parque
de campismo e fica a 8 km
a sul de Colmar.
Dia 12Ago2010. - 614 Km Colmar – Moulhouse -
>Belford – Dole - Clermont – Ferrand - Issoire
Saímos cedo de Colmar pelas 07h30 rolámos
pela estrada em direcção Moulhouse-a
Clermont-Ferrand. Na zona de Belford, 70 km
a sul de Colmar apanhamos uma fortíssima chuvada que não permitiu circular a
mais de 20/30 km/H durante uns 70
km .
Passando novamente por Dole fomos em direcção a Moullins por estrada nacional. Depois de um almoço rápido na caravana
entramos na região de Auvergne que possibilita a vista dos cones vulcânicos
junto da cidade de Clermont - Ferrand.
Passando pelo interior da cidade, fiquei
desiludido, pois não é a cidade típica de montanha, mas sim uma urbe
industrializada com prédios novos, problemas sociais visíveis nos trajes de
magrebinos e escritos nas paredes dos edifícios.
Entramos na auto-estrada em direcção ao sul
e fomos acampar em Issoire, cidade mineira, que proporciona um bom parque
municipal para passar uma noite. O parque fica junto de um lago e de uma zona
de lazer, permitindo uma volta a pé, sempre salutar depois de 600km de viagem.
Dia
13Ago2010. - 371 Km Issoire – Millau – Rodez – Gramat - Rocamandour
Pelas 09h00 saímos do parque e entramos na autoestrada,
muito movimentada, em direcção a Millau.
A particularidade desta via muito sinuosa, não se paga portagem, anda-se sempre
em subidas e descidas numa média dos 950 m de altitude.
Em
pleno maciço central da França, Millau fica num vale entre cordilheiras. Desci
á cidade com a Eriba coma finalidade de ficar num dos 3 parques de campismo. O trânsito
intenso, levou-me a desviar do centro da
cidade e fui parar num parque de estacionamento de um Carefour. Do
parque pude observar o viaduto e os seus enormes pilares.
Fomos passar o viaduto, 11 € de portagem,
estacionando na área de serviço do viaduto, que proporciona acesso a pé a um
miradouro junto deste colosso de engenharia.
Inúmeras pessoas juntam-se ali para ver de
perto o viaduto , A ERIBA ficou junto de uma caravana Inglesa, fazendo lembrar
uma caravela portuguesa contra um galeão inglês.
Depois de almoço, resolvemos ir para
Rocamandour, passando por Rodez, Gramat e ficar num parque que tínhamos visto
quando tínhamos por lá passado, junto de um Hotel. O parque apesar de ter um
aspecto convidativo e permitir acesso rápido a pé a Rocamandour, tem
instalações sanitárias antigas e exíguas. http://www.padimadour.fr/
Fomos a pé até a aldeia de Rocamandour para
ver novamente a urbe medieval que estava, como do costume, cheia de gente. Ao anoitecer fomos ver do miradouro o efeito das
luzes nas muralhas.
Dia 14Ago2010 – 385 Km Rocamandour – Cahors
Agen – DAX - Saint-Martin de
Seignanx
Saímos cedo para visitar Rocamandour
descendo do castelo para a vila. Um barulho tinha-nos chamado a atenção.
Ficamos maravilhados ao observar três balões que se elevavam devagar junto á colina
.
Descemos pela via-sacra que liga o castelo
à basílica. Chegados à basílica, fomos visitar a virgem negra novamente.
Descemos a enorme e íngreme escadaria e chegamos á cidade. As
lojas ainda estavam fechadas e os turistas começavam a chegar.
Depois da visita fomos até ao parque,
buscar a ERIBA e saímos em direcção a Saint-Martin
de Seignanx- parque de campismo Lou Ptit
Poun www.louptitpoun.com.
O regresso
fooi pelo caminho que tinhamos feito, Cahors, Agen e, na passagem por DAX, vimos muita gente de branco
com lenços vermelhos, preparados para a festa taurina que ia ocorrer à noite.
Sede não deviam ter pois as cervejas vazias já se empilhavam á beira da
estrada.
Dia 15Ago2010. – 90 Km Saint-Martin de Seignanx – Bayonne- Biarritz
- S Jean de LUZ - Saint-Martin de
Seignanx
A chuva da noite abundante, fez-nos
descansar, pelo que resolvemos ficar mais uma noite, repousando durante o dia
no parque, já nosso conhecido, muito agradável mas caro (33€ por noite para um
casal). No parque vi 4 caravanistas
portugueses um dos quais com uma ERIBA.
Na parte da tarde fomos até Bayonne ver a catedral, com um pátio
enorme lateral onde estava a decorrer uma feira de artesanato.
No rio chamava atenção as velas de um navio
de marinha francesa. O veleiro estava aberto ao público contra o pagamento de 8
euros por pessoa. Umas fotos tiradas a
partir do cais ficam mais baratas.
Como a temperatura estava a convidar, 25
graus, fomos até Biarritz. Depois de
umas voltas pela cidade á procura de estacionamento, não havendo lugar fomos
até S Jean de LUZ, dar uma volta e
ver sempre a bonita costa francesa e espanhola.
Dia 16Ago2010 – 518 Km Saint-Martin de Seignanx- Bayonne
- Salamanca
Depois de umas compras em Bayonne, dirigimo-nos para Espanha. O
novo troço de auto-estrada que liga França e Espanha proporciona uma viagem
rápida até Santader. Um feliz engano
desviou-me pela auto-estrada para Vitória. Este novo troço (7 euros) cheio de
túneis proporciona uma viagem agradável e rápida até á saída de Vitória. Depois
de um almoço rápido em uma área de serviço da auto-estrada chegamos a Salamanca
eram 15h30.
Na entrada do parque um caravanista
português chegou depois de mim, quiçá apressado por algum motivo, ultrapassou a
Eriba e o carro que estavam já estacionados, tentando ser atendido á minha
frente.
O parque de campismo http://www.campings.com/camping-donquijotesalamanca-cabrerizos/?idlengua=12
Fica a uns 4 km do centro de Salamanca, tem alvéolos separados por
arbustos, tem sombras. O clima da península Ibérica de facto é que não cativa a
relva e o pó faz-se sentir.
Dia
16Ago2010 – 470 Km. Salamanca – Castelo Branco - Lisboa
De manhã fomos dar uma volta pelo centro de
Salamanca, Praça de Espanha e visitamos a catedral. A imensidão das colunas a
trabalhada a ouro não deixa qualquer pessoa indiferente.
De volta ao parque pelas 11h00, atrelamos a
caravana pagamos os 19€ e viemos para Portugal.
Na área de serviço de Castelo Branco íamos parar algum tempo mas fomos abordados junto do
carro com um cigano que nos tentou vender um IPHONE, semelhante ao que roubaram
á minha filha. Claro que a minha indignação e tristeza elevou a minha voz
chamando atenção que aquele também devia ser um dos muitos que são roubados
neste país. Isso apressou a saída dali, pois mais ciganos começaram a
aproximar-se. Pago impostos e sinto-me mal em Portugal. Apeteceu-me
sair do país novamente.
Pelas 16h00 chegamos a casa terminado o
passeio de férias do ano de 2010.